08 janeiro 2008

Há coisas insubstituíveis


á coisas insubstituíveis
e acerca das quais andamos anos sem nos lembrar. Até um dia, em que encontramos alguém que também disso já se tinha esquecido mas resolve dizê-lo. Aí, percebemos quanto aquilo era bom e a falta que nos faz.
A modernice do escritório em casa trouxe lindas mas inóspitas secretárias, que nos fazem estar virados para uma parede com um monitor pelo meio e destruiu a magia da velhinha mesa redonda com camilha (que, ao que parece, só existia na casa dos nossos pais e avós). Sim, pensando bem, não conheço ninguém da minha geração que tenha em casa, por opção, essa peça de mobiliário, se é que isso lhe posso chamar.
A mesinha redonda, com a braseira por baixo e saia até ao chão (não, não era obrigatório ter uma toalhinha de croché), permitia não só ter os pés quentinhos, como tinha ainda o poder de nos agarrar a um livro, aos papéis, aos desenhos, aos rabiscos, a qualquer coisa que seja feita com os cotovelos em cima da mesa. Mais, convidava a longas conversas, a um cházinho, a longas conversas noite a dentro.
Coisas boas e confortáveis, que estas secretárias não sabem do que se trata, coitadas.

2 comentários:

lara_1012 disse...

E não é mesmo verdade?! As horas de Inverno que eu passava na mesa com camilha, a desenhar, pintar, recortar! Nessa altura também era uma artista, caramba! Fazia bonecas em papel e depois desenhava-lhes roupas, daquelas para aplicar dobrando os rectângulozinhos que se deixavam salientes! Ainda existem bonecas de papel? Tens que fazer um post sobre isso :)

Unknown disse...

Lembras-te dessas bonecas? Ainda as tenho. Um dia destes mostro-as.