27 março 2008

1,2,3 ezperiência

,2,3, experiência

Tive ontem a oportunidade de testar um programa interessante que apregoa a fusão de funcionalidades de vários outros. Por razões opostas às que levaram à realização deste evento, patrocinado exclusivamente por uma marca de software, abstenho-me de a referir. A dita aplicação permite desenhar gráficos, organigramas, diagramas, mapas, esquemas, entre outros, substituindo vários com funções específicas (se bem que o que cada programa permite fazer depende em grande medida do objectivo do utilizador, dependendo isso do acabamento que queiramos dar à questão).
A aplicação disponibiliza diversas ferramentas (dizem) de fácil utilização mas não é tão intuitivo como isso, provavelmente para quem está pouco familiarizado com os procedimentos dos mais comuns programas de desenho.
A funcionalidade que me fez correr atrás dele é a facilidade prometida de conceber diagramas de branstorming. O conceito não é novo, nem sequer as ferramentas o são - lembro de, há cerca de dez anos ter utilizado um programa idêntico, tido na altura e no meio que integrava, como uma invenção sensacional. Dizia-se que era revolucionário no modo como permitia a representação gráfica das conexões mentais, sendo por isso utilizado na concepção de hipertexto e de páginas web. É verdade que os esquemas resultam graficamente interessantes, muito semelhantes estruturalmente aos esboços feitos à mão, mas faltar-lhe-á, claro, a expressividade.
O programa não é eficaz e é muito menos fiável quando usado numa representação que se quer rápida, feita ao ritmo da ideia - no facto de utilizar um computador para registar a informação, perde-se a espontaneidade subjacente a qualquer sessão de brainstorming, contrariando o próprio conceito de brainstorming. O máximo que se obtém desta função é o de “passar a limpo” o registo manual. Está disponível uma demo do programa mas há alternativas em open-source.

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