ania da reciclagem
Insiro-me no grupo daqueles a quem a falta da chave do carro deixa em desespero. A manifestação de professores de março passado teve como primeira consequência o desaparecimento do segundo exemplar dessa chave, que não deu acordo de si até hoje. Tenho para mim que um vizinho a terá levado no bolso por engano (e eu que nunca pensei que um vizinho fosse capaz de uma coisa dessas!). Um destes dias, dei conta da ausência da outra única chave. E agora, como é que me desloco?, pensava aflita. O único autocarro que passa aqui vai para longe, desviado do meu caminho. Fazendo rewind do meu dia, descobri rapidamente que havia apenas um sítio onde a desgraçada poderia estar: no ecoponto, no contentor amarelo. As minhas preocupações ambientais não vão tão longe, mas deitei-a lá dentro. Peguei num banquinho e numa tenaz e aí vou eu, de arma em punho, à pesca da minha rica chavinha. E lá estava ela, a um cantinho, conspurcada pelo cheiro nauseabundo das embalagens. Já passou o seu mau bocado e vou prometo dar-lhe descanso, portanto, vou ter que cloná-la.
1 comentário:
Não exageres, Janota! Se não, vamos que ter que te ir repescar a um ecoponto que, com a tua distracção, nunca saberemos exactamente em qual procurar!...
( Não precisas de te clonar, porque apreciamos o exemplar único que tu és!)
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