m dia igual aos outros
Não querendo fazer disto um diário, apetece-me com frequência falar do meu dia-a-dia. Será talvez uma forma de balanço, um momento à laia de introspecção que em certas altura sabe bem fazer.
Dos meus passeios ao fim da tarde começo apenas aguardar memórias - o sol esconde-se já cedo e o horário vai mudar; chego a casa a horas tardias, raramente a tempo de ainda o ver. A propósito, perguntaram-me se todos os dias saio tarde, às seis e meia; não, há dias em que saio às sete, depois de uma ou outra reunião.
Comecei o dia com a trasladação de uma cama para o seu local de origem; enverguei o papel de lebre e guiei o moldavo Anton no transporte de computadores que faziam parte de um pacote doado à escola. Tratou-se, basicamente, de guiar, acartar, carregar e depois inverter todo o percurso... Pois bem, depois do esforço físico, segui-se o outro: ensinar geometria a alunos que estariam tão ou mais cansados que eu, porque passam um dia à espera de uma aula que só chega às cinco horas. Acompanho Lolita ao vet - a pequenita tem a saúde e a vida comprometidas e fico cheia de pena dela.
Hoje, para não variar, o dia foi longo e seco; esteve calor e de repente fez-se frio. Precisava de um suminho de laranja antes de entrar em casa. O empregado de café discutia, com a única cliente, a existência de outras vidas; ela pondera fazer uma regressão e ele gostava de conhecer a sua árvore ginecológica, mas tem medo de vir a descobrir que anteriormente foi um animal...
Recolhi-me a tempo de saber que o Nápoles foi à sua vida e que o Benfica assegurou uma transmissão fantástica na internet (garantido por uma especialista em vermelhices e tecnologia). Não sei ao certo que mais se passou hoje e estou de costas para a televisão que se mantém desligada e muito bem.
É tarde e o meu computador mantem a ideia fixa de não colaborar. O que faço em meia hora custou-me duas horas por culpa deste maldito que é bem capaz de não passar cá outro fim de semana. Já está na hora.
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