tf? (o fim e um princípio)Dissipadas todas as dúvidas que se arrastaram por semanas, o dia chegou, encharcado. Ambos trajavam de preto, ele num conjunto improvável mas funcional: casaco de smoking e caneleiras de malha por cima de umas botas da tropa e a habitual écharpe verde tropa. Na cabeça e na cara apresentava alguns sulcos ensanguentados; que fora um gatinho a que fez festas na rua.
Lana foi pon

tual e desta vez as sedas e o batom em excesso estavam no dia certo mas outra vez totalmente desajustados. Subimos ao quinto andar para descermos à sala Diamante. A cerimónia decorreria normalmente não fosse ter havido um esquecimento de discussão prévia da adopção dos apelidos de Kalinka. A conversa azedou - Lana não percebia as piadas e não sabia apresentar a proposta da conservadora, que propunha uma hipótese conservadora; Kalinka teve naqueles dez minutos mais variações sobre o seu nome do que algum dia sonhara. Nosferatu começava a perder as estribeiras, a coçar as mãos nas pernas e conter-se para levantar a voz. A conservadora listou os diversos nomes para Kalinka assinalar o preferido e deu o assunto por encerrado quando se descobriu que os três diziam a mesma coisa

, mas em línguas diferentes. Podemos assim avançar para a introdução das alianças patrocinadas pelas madrinhas; fizeram-se umas juras nas duas línguas e o acto findou porque havia uma filinha de noivos a casar no dia de s.Valentim...
O almoço foi na cave duma tasca, ali para a marginal, entre trolhas de calças pintadas e barretes enfiados até às orelhas. Naqueles lábios de botox não se viu mais que um sorriso nem quando abriu os presentes. Estaria feliz Kalinka?
1 comentário:
Não sei se é por ser fada, mas o casório emocionou-me.
Sinceramente gostei, é bom ver gente feliz, limpa a alma e as asas.
Até estou com um secreto desejo de pôr botox, quem sabe assim encontro um Peter Pan de verdade.
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