20 março 2011

uando as máquinas não colaboram

Por qualquer razão que desconheço, os meus vizinhos deslocam-se sem problemas de e para suas casas a partir do rés-do-chão. Oiço o elevador subir e descer sem hesitações.
Já eu, quando entro na novíssima cabine da direita, não consigo parar no meu piso; fico entre andares a ver a parede acabada de pintar. Recorro ao botão de emergência e vou num pára-arranca irritadiço fazendo pontaria às diversas portas. Às vezes consigo acertar à primeira, outras vou subindo e descendo até perder o tino ao andar em que estou.
Dizem que estão em fase de afinação e que isto é normal. Acredito. No elevador da esquerda existe uma embirração com o terceiro andar, mas às vezes a porta do sétimo não fecha.
Nunca sei quando terei que ir pela escada, mas uma coisa é certa: subo ao oitavo sem o menor esforço - já lucrei alguma coisa com isto tudo. Não há rotina na minha vida, portanto.

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