03 outubro 2011

bolacha


Quando me afasto desta forma é porque alguma coisa está para acontecer. Em algumas vidas é sinal de namoro, passarinho novo. No meu caso acontece que tinha um livro em mãos e um ano lectivo, ou melhor, letivo, a começar.
Deixei arrastar as ilustrações do livro durante as férias. O resultado foi terem explodido todos os prazos na mesma semana.
O livro está aí, a ser lançado esta semana numa biblioteca perto de si.
Trata-se de uma obra solidária em que autor e ilustradora trabalharam para uma causa por demais justa.
Posto isto, e impresso o livro, recordo-me que um dia escrevia aqui. Volto com uma dúvida importante a propósito do dia do lançamento quando um grupo de amigas se propõe fazer bolos e bolachas para o evento. Bolos em formas de cão, de osso... Biscoitos em forma de cocó de cão. Bolachas em forma de cães, gatos e restante fauna doméstica.
É aqui que surge a dúvida: será algum dos convidados da ala dos amicíssimos dos animais, alguns vegetarianos, ser capaz de trincar e até comer um biscoitinho em forma de cão ou gato?
Poderá isso ser um sacrilégio?
Indiferente às minhas próprias dúvidas, comprei uma formas para cortas bolachas com formatos animalescos.
Tenderei a massa, recortarei as formas.
E então a questão será: deixo as bolachas planas, em silhueta, sem vida?
Ou atribuo elementos caracterizadores às figuras, como olhinhos, boquinhas, orelhinhas...? Bolachas fofinhas com olhos suplicantes que gritem Não me comas, Não me comas...

1 comentário:

Anónimo disse...

oooops! axo q comi algumas...zzzz