Faz quatro anos que enveredei por um caminho aberto na encruzilhada a que chegara. Nada de balanços e muito menos de remorsos - encaixo-me perfeitamente o modelo que escolhi e não voltaria atrás para a encruzilhada de novo uma vez que optei definitivamente pelo caminho certo. Parece até, de um modo geral, que sempre vivi assim. Há porém os domingos de manhã. É quando parece que acabei de sair daquela casa que ajudei a reconstruir, da sala espaçosa, do terraço solarengo e dos almoços no quintal. Olho para o cão que me acompanha há treze anos e que comigo fez tal vereda. Pensará ele o mesmo? Far-lhe-á confusão tamanha reviravolta? Na minha memória está tudo de tal modo intacto que quando penso em certos conceitos ainda me vejo lá mesmo não me querendo ali jamais.
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