09 julho 2012

oisas que fazem falta
Vejo e sinto a algazarra de um grupo de vizinhos à varanda numa noite amena e prazenteira. Lembro dos serões semelhantes que me desapareceram. É talvez a recordação mais custosa, a partilha destes momentos em grupo, com conversas inteligentes e interessantes no terraço, até a noite ficar fria demais e nos embrulharmos em mantas. 
Talvez nada disso fosse mais possível. As doenças mentais de que padecem os mais idosos e que se devem ao prolongamento da vida física saudável são implacáveis. Nenhuma conversa já faz sentido com as mesmas pessoas; o absurdo, a repetição, o alheamento da realidade tomou conta de uma ou outra mente. Não choro então de saudade mas isso não me impede de lamentar a perda.

5 comentários:

Anónimo disse...

este é um dos exemplos em que perdendo nos lembramos
beijo amiga
AJ

Gil Duarte disse...

e é verdade que dos amigos que entretanto fizeste, alguns também têm uma mente um bocado perturbada, raios. olha eu, por exemplo,

Anónimo disse...

Perturbada não, nunca, julgo que muito mais concentrada nouras criatividades
Abraço Gil
AJ

Anónimo disse...

NOUTRAS

Naaas disse...

Se ocupa não sei mas que o resultado é bom, isso é.