22 julho 2014

 audade

 Quase um mês após a ausência do meu adorado companheiro de mais de quinze anos, permanece uma saudade imensa. Dizem que a falta pêlo de cão se cura com outro cão mas estou longe de acreditar nisso. Outro pêlo chegará em breve mas não irá substituir o Kiko.
Este estará no céu dos cães, embora não tenha sido um ser perfeito. O Kiko padecia de um grave problema: era-me totalmente dedicado, adorava-me. Isso fazia com que se tornasse intolerante com aproximações de outros. Uma abraço mais prolongado fazia-o saltar entre os dois a ponto de me morder as costas; uma tangente na rua fê-lo, por diversas vezes morder os calcanhares a alguém.
Pregaste-me alguns susts, Kiko. estiveste quase a fazer um voo directo ao mar em pleno paredão da praia da Barra porque mordeste uma perna varicosa.
Eu adoro-te e estará sempre comigo para onde quer que vá, até nos reencontrarmos de novo.






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