01 novembro 2014


rigami

Os mais atentos repararão na tendência crescente para a utilização do origami. Esta arte japonesa de dobrar papel tem vindo a crescer como elemento gráfico e decorativo. Vêmo-lo na publicidade, como logotipo, como elemento decorativo. Em termos iconográficos, a amplitude de sentidos não tem fim. Qualquer coisa pode ser representada através do origami, consoante haja engenho construtivo, destreza manual e uma enorme dose de paciência.
Enquanto elemento de design gráfico, as potencialidades são vastas. A cor plana e as variações tonais provocadas pela luz e pela sombra que resultam das dobragens, permitem transmitir a tridimensionalidade no plano através do origami fotografado, o que nem sempre é fácil atingir através de outros meios.
Nova imagem do SAPO, 2014







Essas características, aliadas a uma grande simplicidade formal permitem a utilização em qualquer contexto. Se a tudo isso aliarmos o simbolismo japonês que está na sua origem, temos uma peça capaz de conciliar opiniões e que serve para quase tudo.
Não deixa, no entanto, de existir uma certa pobreza naquela simplicidade. Construidos, na grande parte das vezes, a partir de papeis de fraca qualidade e de pequenas dimensões, têm um tempo de vida destinado a ser curto.

Voltando ao origami no plano. Esta linguagem gráfica vai ao encontro de uma outra tendência, que é o mapeamento de formas.







A triangulação era usada na cartografia para mapear com precisão a área de países. Sam Ford (abaixo) utilizou o efeito da triangulação em letras, desenhando a partir de pontos estaratégicos e colorindo os espaços através de um sistema de medição em RGB. Uma vez mais, os valores tonais em zonas bem definidas, geometrizadas.

Sam Ford 



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