07 julho 2008

confesso-me

onfesso-me.
Não que tenha cometido um qualquer pecado novo, mas apenas porque, num animado jantar de amigos, veio à baila confessar ambições. Cada um tinha a sua: comprar um "porsche", ter um determinado "rolex", não ter que ter emprego e criar cinco filhos, ter uma bruta moradia de vidro virada para o mar, montar um negócio com lucros chorudos... e eu caladinha a pensar na natureza das minhas ambições. Tenho-as, claro que sim, mas são de outro género, não concretizáveis pelo dinheiro, não dependentes dele. Terei levado demasiado tempo a pensar nisso ou melhor, a construir a formulação correcta, que não me fizesse passar por palerma, que fugisse de lugares comuns do género paz e amor e acabar com a miséria no mundo. Sim, é verdade, os objectivos de grande parte das pessoas passa por ter dinheiro, não para fazer obra grandiosa que não seja construir o seu próprio bem-estar; daí o sucesso do Segredo e das suas fórmulas milenares. Quando acordei, a conversa já ia nos croquetes estaladiços da entrada. Salva por um caldo-verde quentinho, que é quanto basta.

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