27 agosto 2008

fecho de férias

im de
érias (mesmo)


Três pilhas de papéis olham para mim há dias, esperando que lhes dê destino. Não vejo nos papéis coragem para saírem dali sozinhos e, por mim, podem esperar mais alguns dias até me refazer deste final de férias. Diz-se que fazer férias é fazer coisas diferentes das que fazemos habitualmente; pois então, sim, fiz férias; (ajudei a apagar muitos fogos, por assim dizer, fazendo jus à qualidade de bombeira, que muitas vezes me foi atribuída). Facilitei a vida a alguém e isso satisfaz-me e justifica o tempo como bem empregue.
Regressando a casa, depois dos fogos extintos, aguardava-me, no quintalito, o cadáver dum azarado pombo preto. Os pormenores não são agradáveis de contar mas muito menos o foram preparar o pombo para as exéquias (principalmente os pormenores que estavam por baixo do defunto). Verifico que nos dias seguintes, um pombo (talvez viúvo) vem poisar no muro com ar de quem quer saber que destino levou o outro.
Acresce a este incidente uma queda e um joelho lesionado, num calmo fim de tarde passado à beira mar, em que o vermelho se sobrepôs às páginas do livro.
Seguiu-se uma dor de dentes e respectivo tratamento que exaspera o dentista mais do que a mim própria.
Aguardo, portanto, ansiosamente (?), o regresso da vidinha normal a que me fui habituando enquanto trabalho.

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