10 setembro 2008

coisas como já não se usam

oisas como já se não usam

Já vão em duas as camas que recuperei nestas férias. Ambas estavam destinadas ao desperdício e voltaram assim a introduzir-se na cadeia operativa. Da primeira já aqui apresentei um detalhe (a atirar para o roxo). Da segunda não mostro nada simplesmente porque no meio de tanta recuperação, a minha rosada máquina fotográfica está para reparação, obviamente.
Esta segunda cama que está a aguardar a fase de montagem, foi recuperada segundo os preceitos mais antigos. Antigos? não, apenas desusados - utilizei técnicas, materiais e paciência que estão a cair em desuso; lixei-a com palha d'aço em vez um qualquer mouse; passei-lhe aguarrás e não um qualquer decapante; pincelei-a com restaurador Pronto e dei-lhe uma camada de cera incolor- resolvia o problema da cor e do brilho de uma vez só, com Bondex, mas fui pelo caminho mais difícil e trabalhoso. (Estes pormenores técnicos poderão ser secantes, mas são a verdadeira justificação deste texto...).
Tudo isto não está isento de algum prazer: trouxe-me cheiros agradáveis que se impregnaram na casa e me vão acompanhar no sono; está de acordo com o objecto e facilitou-me o problema das compras dos produtos - em vez de correr quilómetros em direcção a um qualquer hipermercado para comprar latas de produtos quase industriais, resolvi tudo na drogaria da rua ao lado que, nem de propósito, tem como proprietário o senhor Marcolino. A drogaria do senhor Marcolino ainda vende produtos populares, daqueles que já ninguém usa, como por exemplo, a cera Encerite, que É a Beleza e a Saúde das Madeiras.
Daqui a algum tempo olharei para a cama e para o tempo que me levou e pensarei como é que um dia eu tive paciência para isto. Mas uma coisa garanto: no meio de tanta necessidade de terapia, esta é uma que aconselho.

5 comentários:

Jo-zéi F. disse...

Aí está o Encerite...lembro-me bem.
Era bom para grandes trambolhões.
Escorregava que se fartava.
:)))

Unknown disse...

Fizeste-me rir, jo-zéi. Imagino tu, com a tua altura, a escorregar... devia ser giro.

Anónimo disse...

imagina um escadote a tombar...
tipo Bruno Nogueira.
CABOUMMM!!!
:-)

Unknown disse...

Escorregar lembro-me como era bom (boooom) com as sapatilhas de corda do Jardim-Escola! Atravessar os salões a escorregar.......sem cair! :)

Jo-zéi F. disse...

Parecia patinagem...